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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014


Na criação Deus ordenou às plantas que produzissem os seus frutos, cada qual segundo a sua 

espécie; do mesmo modo ordena Ele aos cristãos, que são as plantas vivas da sua Igreja, que 

produzam frutos de devoção, cada qual segundo a sua qualidade, o seu estado e a sua 

vocação.

A devoção deve ser exercida de maneira diferente pelo fidalgo e pelo operário, pelo criado e 

pelo príncipe, pela viúva, a solteira ou a mulher casada; e não somente isto: é necessário 

acomodar o exercício da devoção às forças, aos trabalhos e aos deveres de cada pessoa em 

particular.

Pergunto-vos, Filoteu, se estaria certo que um bispo quisesse viver na solidão como os 

Cartuxos; que os casados não quisessem amealhar mais que os Capuchinhos; que o operário 

passasse o dia na Igreja como o religioso; e que o religioso estivesse sempre sujeito a toda a 

espécie de encontros para serviço do próximo como o bispo. Não seria ridícula, desordenada e 

inadmissível tal devoção?
Contudo este erro acontece frequentemente. E no entanto, Filoteu, a devoção não prejudica 

ninguém quando é verdadeira, antes tudo aperfeiçoa e consuma; e quando se torna contrária 

à legítima ocupação de alguém, é sem dúvida falsa. 


Simone Camaldolese. Corale 541, 1385-1390. Museo Civico Medievale, Bologna, Italia.
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