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domingo, 29 de dezembro de 2013


Papa Francisco, em seu primeiro ano de pontificado, está nos acostumando com gestos simples, mas paradoxalmente extraordinários. E digo isso porque, além desse magistério que ele nos oferece diariamente, com suas Missas em Santa Marta, há outro, de obras e gestos, digno de ser sublinhado: refiro-me ao carinho com que o Papa se aproxima e abraça as pessoas que mais sofrem, os doentes.
 
Há alguns dias, além de colocar os fiéis da Praça de São Pedro para rezar por Noemi, uma menina doente, o Papa se aproximou de um homem com o rosto desfigurado, com verrugas por toda a face e, no entanto, Francisco o abraçou e beijou com ternura.
 
Há quem diga que é algo normal. Não nego. Mas é "normal" para um papa. Também deveria ser normal para todos os cristãos. No entanto, é inusitado dentro de uma sociedade que rejeita o doente, que dá as costas para ele, fugindo e desviando o olhar.
 
A bela imagem do Papa acariciando a cabeça do homem desfigurado recorda o próprio Cristo, e também São Francisco e São Damião, quando abraçavam os leprosos.
 
Papa sabe que, como o próprio Jesus, é preciso ser servidor dos pequenos, dos humildes. Também ele, com seu exemplo, quer nos recordar que seguir Jesus exige estar atentos ao clamor do pobre, do fraco, do marginalizado.
 
Nossa fé em Cristo precisa nos levar a vencer estes medos, nossas misérias, que muitas vezes nos fazem desviar nosso olhar e deixar que outras pessoas vivam a caridade em nosso lugar.
 
É verdade que a Igreja, com instituições como a Cáritas, com ordens religiosas, realiza um trabalho enorme de atenção e cuidado; tais instituições são testemunho da caridade operante. Mas esse abraço do Papa deve nos recordar que não nos faltam possibilidades nem pessoas com as quais podemos viver o amor.
 
Doentes, pobres, idosos, pessoas sozinhas: todos eles merecem a nossa atenção. Trata-se de carregar um pouquinho a sua cruz, para tornar o seu caminho um pouco mais fácil.
 
Este é o poder dos pequenos gestos de amor, sobre os quais o Pontífice falou em sua última audiência: a comunhão da caridade, que passa também pela partilha dos sofrimentos.


Fonte: aleteia.org
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